Avaliação Psiquiátrica

Avaliação Psiquiátrica

A partir dos dados obtidos construiremos um diagnóstico com razoável precisão e assim poderemos oferecer um plano de tratamento, que o ajudará enfrentar sua dependência e os problemas relacionados.

Na anamnese, é muito importante colher informações como, sexo, idade, estado civil, religião, grupo étnico, escolaridade e situação profissional; história de vida do paciente e de sua família (os fatos mais importantes); relacionamento familiar no passado e no presente, e dificuldades; relacionamentos afetivos; fontes de renda, desemprego; história do uso de drogas: início e causas do uso, o que sentiu quando usou, quais drogas usou, há quanto tempo e com que frequência usa, o que faz para ter a droga, o que sente quando não usa a droga, se já fez tratamento; como avalia seu uso de drogas, porque procurou tratamento e o que espera dele; vida escolar, ocupações, “hobbies”; se já teve ou tem outras doenças clínicas ou psiquiátricas, uso de drogas na família.

O paciente deve ser avaliado (exemplo: ele pode estar deprimido no momento do exame), para averiguar se há outros transtornos além da dependência de drogas; avaliação clínica completa (coração, pulmão, pele, etc) deve ser feita, para avaliar possíveis complicações clínicas do uso de drogas.

Da mesma forma, solicitam-se exames laboratoriais (exemplo: exames de sangue), para ajudar no diagnóstico de problemas clínicos.

A situação social do paciente também deve ser avaliada, na medida em que, por exemplo, muitos usuários de drogas vivem sozinhos, e mesmo como indigentes.

Um diagnóstico de síndrome de dependência usualmente só deve ser feito se três ou mais dos seguintes requisitos estiveram presentes durante o último ano: um forte desejo ou senso de compulsão para consumir a substância; dificuldades em controlar o comportamento de consumir a substância em termos de seu início, término ou níveis de consumo; um estado de abstinência fisiológico quando o uso da substância cessou ou foi reduzido, como evidenciado por: a síndrome de abstinência característica para a substância ou o uso a mesma substância (ou de uma substância intimamente relacionada) com a intenção de aliviar ou evitar sintomas de abstinência; evidência de tolerância, de tal forma que doses crescentes da substância psicoativa são requeridas para alcançar efeitos originalmente produzidos por doses mais baixas (exemplos claros disso são encontrados em pacientes dependentes de álcool, que podem tomar doses diárias suficientes para matar ou incapacitar usuários não tolerantes); abandono progressivo de prazeres ou interesses alternativos em favor do uso da substância psicoativa, aumento da quantidade de tempo necessária para obter ou tomar a substância ou para se recuperar de seus efeitos; e persistência do uso da substância, a despeito da evidência clara de consequências manifestamente nocivas. Devem-se fazer esforços para determinar se o usuário estava realmente (ou se poderia esperar que estivesse) consciente da natureza e extensão do dano.